Alta demanda por ar condicionado desafia a indústria em meio ao calor extremo
Alta demanda por ar condicionado desafia a indústria em meio ao calor extremo
O setor enfrenta dificuldades de distribuição, apesar de recorde na produção e aumento expressivo nas vendas.
A indústria brasileira de condicionadores de ar prevê encerrar o ano com a produção de 6 milhões de aparelhos, um volume recorde. No entanto, a combinação das altas temperaturas com a crescente já provoca dificuldades para os consumidores encontrarem alguns modelos nas lojas. Em setembro, com ondas de calor atingindo várias regiões do país, a falta pontual de produtos já é percebida.
Dados da Eletros, associação que reúne fabricantes do setor, revelam um crescimento significativo na produção de ar condicionado. Entre janeiro e julho deste ano, o volume entregue ao varejo aumentou 83% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 3,28 milhões de unidades. No primeiro semestre, as vendas desse tipo de aparelho ao varejo subiram 88%, um desempenho bem acima de outros segmentos da linha branca, como geladeiras e fogões (alta de 16%), e da linha marrom, que inclui TVs e sistemas de áudio (alta de 20%). Já os ventiladores de mesa tiveram um salto ainda maior, com incremento de 123%.
Mesmo com a produção acelerada, a seca na região da Zona Franca de Manaus, principal polo de fabricação de condicionadores de ar, tem gerado dificuldades quanto ao escoamento dos aparelhos para o restante do país. Representantes da indústria garantem que a distribuição siga dentro do planejado, mas o descompasso entre a oferta e a demanda já é sentido no varejo.
Esse conteúdo é uma curadoria da RX, para saber mais acesse: Revista do frio