09-12 de Setembro | 2025
São Paulo Expo

Por que ainda ouviremos falar muito dos refrigerantes A2L?

Indústria de compressores acelera homologação de equipamentos compatíveis com fluidos frigoríficos levemente inflamáveis.

Foto: Shutterstock.

Durante os próximos anos, as regulamentações globais e federais reduzirão progressivamente o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto impacto climático na indústria de refrigeração e ar condicionado.

Criados há três décadas, os HFCs vêm sendo usados com sucesso no lugar de compostos que degradam a camada de ozônio, como os clorofluorcarbonos (CFCs) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs).

Como sabemos, os fluidos refrigerantes são substâncias que transferem calor de um lugar para o outro. Eles fluem através da tubulação do sistema, absorvendo energia térmica de um ambiente e a rejeitando em outro, seja ele interno ou externo. Eventualmente, porém, eles vazam dos equipamentos, devido à falta de manutenção preventiva, principalmente nos supermercados.

Mas à medida que o setor avança em direção a lojas mais sustentáveis, os produtos levemente inflamáveis (A2L) estão surgindo rapidamente como sucessores viáveis, principalmente quando é necessário utilizar substâncias com potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) abaixo de 300 ou 150, o que já vem acontecendo em alguns países.

Um dos casos de sucesso mais emblemáticos ocorreu recentemente na Europa, onde a Asda – um dos maiores varejistas do Reino Unido – decidiu descomissionar um sistema com dióxido de carbono (R-744) para investir em máquinas frigoríficas compatíveis com o R-454A, uma mistura à base de hidrofluorolefina (HFO) comercializada pela Chemours sob a marca Opteon XL40.

Para diversos especialistas, o custo total de propriedade dos sistemas com R-744 não tem atendido às expectativas de muitos no mercado. Os resultados de um ensaio realizado pelo supermercadista em uma loja em Liverpool durante 12 semanas em 2021 mostraram, por exemplo, que o novo sistema com R-454A consome entre 35% e 40% menos energia do que o modelo com CO₂, que fora instalado havia 15 anos.

Segundo o varejista, a nova arquitetura de refrigeração com o fluido refrigerante A2L também apresentou redução de 94% em seu impacto climático total (TEWI), em comparação com o sistema descomissionado.

Este é um conteúdo de curadoria RX sobre refrigeração. Para continuar lendo, acesse o Blog do Frio.