Setor de climatização e refrigeração cresce 200% em 12 anos e se consolida como estratégico no Brasil

Setor de climatização e refrigeração cresce 200% em 12 anos e se consolida como estratégico no Brasil

Impulsionado por altas temperaturas, construção civil e demanda industrial, segmento movimenta mais de R$ 39 bilhões por ano e enfrenta desafios de qualificação e sustentabilidade

O setor de climatização e refrigeração no Brasil passou por uma transformação significativa ao longo da última década. Entre 2012 e 2024, o segmento cresceu cerca de 200%, segundo dados da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA). O crescimento é medido com base na expansão do número de empresas, no volume de vendas de equipamentos e na movimentação econômica do setor.

Hoje, o mercado movimenta aproximadamente R$ 39 bilhões ao ano, de acordo com levantamento divulgado pela própria ABRAVA em 2024. O setor é responsável por cerca de 350 mil empregos diretos e indiretos em todo o país, e tem se tornado cada vez mais estratégico diante de mudanças climáticas, urbanização acelerada e ampliação da infraestrutura logística e de saúde.

As temperaturas elevadas registradas nos últimos anos são um dos principais combustíveis deste crescimento. O ano de 2023 foi o mais quente da história no Brasil, com uma média de 24,9°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o que elevou a demanda por soluções de refrigeração em residências, comércios e empresas.

Este impacto é perceptível nas vendas. De acordo com relatório da consultoria GfK, as vendas de aparelhos de ar-condicionado no Brasil cresceram 8,6% em 2023, em comparação com o ano anterior. O crescimento foi ainda mais expressivo nas regiões Norte e Centro-Oeste, que bateram recordes históricos de calor no último verão.

Outro fator determinante para o avanço do setor é a retomada da construção civil e da infraestrutura logística no pós-pandemia. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) aponta que o investimento em construção teve crescimento de 6,9% em 2023, impactando diretamente a demanda por sistemas HVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado), tanto em edifícios residenciais quanto em empreendimentos comerciais e industriais.

Esse conteúdo é uma curadoria da rx, para saber mais, acesse: Gazeta de Toledo