Mercado pede atualização constante para técnicos em refrigeração e ar-condicionado

Mercado pede atualização constante para técnicos em refrigeração e ar-condicionado

Novas qualificações exigidas acompanham avanços tecnológicos

Mesmo dominando os princípios da área, técnicos em refrigeração e ar-condicionado têm se rendido cada vez mais à evidência de que devem zelar pela sua atualização profissional, conforme hoje pede o mercado.

Afinal, alguns anos atrás pouco se falava em Wi-Fi, IoT e muitas outras novidades que vêm mudando profundamente o perfil de, praticamente, todas as profissões.

No caso dos refrigeristas não haveria de ser diferente, conforme reconhece o professor da FATEC-SP, José Ernesto Furlan, coordenador do curso superior de Tecnologia em Refrigeração e Climatização.

Desde 1974 ele atua no setor e conhece essa realidade como poucos, inclusive, ao longo dos seus atuais 12 anos de experiência acumulada no mundo acadêmico.

“Está havendo grande procura por profissionais para a área de controles eletrônicos e uma tendência semelhante envolvendo a inteligência artificial”, diz ele, reconhecendo também os novos fluidos refrigerantes como uma prioridade atual do setor.

“A conscientização sobre a necessidade de recuperação e descarte corretos de gases ambientalmente nocivos, manuseio e domínio dos novos agentes se insere no rol dos novos profissionais em formação”, acrescenta.

Diante da importância ambiental e econômica disso, Furlan afirma que o curso de refrigeração e climatização, atualmente em implantação na unidade da Av. Tiradentes, estará atento para estas demandas do mercado.

“Em futuro próximo, deverão ser firmadas parcerias com empresas que se destacam no setor, tanto no sentido de equipamentos para manuseio, quanto em palestras na expertise de cada uma”, assegura, lembrando ainda que o curso será gratuito, com duração de seis semestres.

Especialização

Outra forte tendência na área apontada pelo educador é a crescente especialização dos refrigeristas, algo que ele prevê seja semelhante ao ocorrido com azulejistas, eletricistas e carpinteiros na construção civil.

“No caso, teremos especialista em controles; no manuseio de gases refrigerantes; soldadores certificados para tubulações de água gelada e condensação; duteiros; reparadores mecânicos de compressores, naturalmente com um menor conhecimento do projeto como um todo”.

O outro lado dessa diminuição do perfil generalista na área, de acordo com o professor, é a necessidade de uma gestão mais cuidadosa das obras, ou seja, planejamento, acompanhamento, controle, gestão de materiais, segurança e comunicação com todos os fornecedores.

Esse conteúdo é uma curadoria da RX, para saber mais, acesse: Blog do frio